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A recruta dos necessitados!

por PlumeInAbyss, em 13.11.14

 

Como já disse previamente no meu primeiro post, sou um estudante inactivo de momento e como preciso de estar a ser produtivo durante este período alargado de tempo decidi aventurar-me no mundo do emprego, ou melhor, do primeiro emprego. Sim, ser assim tão específico interessa já que se não tiver uma licenciatura ou mestrado, a nossa melhor hipótese é através da nossa experiência profissional. Bem não admira a taxa de desemprego entre os jovens (qualificados ou não) e é neste momento que o meu pai conta uma das suas histórias, no qual antigamente ele e os seus amigos arranjavam trabalho a fazer de tudo e mais alguma coisa, com ou sem qualificações mas estou a divagar aqui e não é isto que pretendo discutir.

 

Ontem, fui convocado pelo IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) para me apresentarem uma oferta de emprego, embora que quando me deparei com a carta pensei que iria ser uma convocatória para uma palestra ou algo do género à qual somos obrigados a comparecer se não queremos ver a nossa inscrição anulada. Depois de abrir a carta, estava escrito especificamente oferta de emprego e como ainda sou novato nestas paragens esqueci a ideia da palestra ou algo do género. Com alguma ansiedade e motivação compareci no local e hora indicada, e qual não foi o meu espanto ao ver uma multidão, cada um à espera da sua vez, e aqui me apercebi que claramente estava enganado, depois de ver alguns profissionais da área militar percebi o "esquema todo".

 

Quando eu falo de "esquema" quero dizer, e esta é uma opinião muito pessoal, usar a desgraça, o sofrimento alheio ou como o queiram chamar para recrutar novos homens ou mulheres dispostos a trabalhar arduamente, em regime bastante estrito e serem chamados a intervir em algum conflito internacional em troca de um salário para poderem sobreviver nos dias que correm, e devo dizer que está bem acima do salário mínimo. Bem, fiquei bastante intrigado porque apesar de me considerar um pacifista e de certa forma, um não adepto do regime militar, senti inseguranças e dúvidas, ainda neste momento penso no mesmo assunto. Como adoro aventuras e novas experiências (explico isto da seguinte maneira, mais experiências e aventuras mais ideias para livros), o dinheiro faz sempre falta e não fica muito longe da minha área universitária, tudo isto permaneceu definitivamente na minha cabeça. Agora penso em outros que não têm muito por onde escolher, têm contas a pagar, possivelmente alguém para sustentar e, provavelmente, vão acabar nesse caminho militar. Bem, é provável que esteja a exagerar, sempre oferecem um salário atractivo, onde dormir, comer, mas no centro de desemprego não acho que a escolha seja feita de livre vontade mas mais por um "jogo psicológico" verdadeiramente persuasivo. Este factor, aliado ao ultimato que diz que temos obrigatoriamente de comparecer ou então a nossa inscrição ficará anulada são armas persuasivas bastante poderosas. Mas pelo que já ouvi de amigos em outros pontos do mundo e li em fóruns, este recrutamento é um fenómeno mundial. Bem, ou cada vez existem menos pessoas dispostas a enfrentar uma vida militar ou prepara-se uma tempestade nos próximos tempos. Acredito que seja um pouco de ambos. Será que faz sentido o que escrevo?

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