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Ano em revisão II

por PlumeInAbyss, em 31.12.14

No que toca à arte, começarei pela sétima arte. Bem, não me vou alongar muito, não por estar a perder a vontade de escrever mas porque foi um ano muito pobre no que toca ao cinema. Deste ano, só me recordo de ver três filmes e um deles permaneceu na minha memória, portanto é natural que o indique como a minha recomendação de 2014: "The Grand Budapest Hotel" (O Grande Hotel Budapeste). Um filme original, cómico e refrescante, com um elenco de luxo. Um filme a não perder! Este final de 2014 e início de 2015 promete grandes filmes, como o capítulo final do "The Hobbit" (finalmente vai acabar, quando poderiam fazer a adaptação do livro de Tolkien em um ou dois filmes, no fim, o dinheiro fala mais alto) e "Birdman", um filme do qual espero muito.

 

O mesmo não posso dizer da música, foi um ano bastante recheado musicalmente para mim, descobri muitos grupos e artistas desconhecidos e devo dizer que o meu gosto musical mudou radicalmente. Mas como estamos a falar de 2014 vou deixar-vos com o que de melhor se fez em 2014:

  • The War on Drugs - Lost in the Dream - Uma das minhas recomendações de 2014, um álbum a demonstrar as qualidades desta banda americana, que foi alvo de críticas muito positivas com este seu terceiro álbum. Para os amantes de indie rock, ou uma espécie de rock ambiente, se algo semelhante existe, não ficaram desapontados. Aqui fica o single "Red Eyes".
  • Swans - To Be Kind - Mais um grande trabalho por parte da banda de noise rock/ rock progressivo/ post punk norte americana, que desde o lançamento do seu primeiro EP, há qualquer coisa como 30 anos atrás, e após várias mudanças de membros e vários álbuns, volta em 2014 com um trabalho bastante elaborado e refrescante, o som progressivo dos intrumentos adicionado a músicas com duração de 25 minutos deixam-nos obcecados e em transe. Deixo-vos com "Oxygen".
  • Sun Kil Moon - Benji - Na minha opinião, o melhor álbum do ano, embora não tenha ouvido grande parte de todos os álbuns produzidos em 2014, posso afirmar que, de todos os que ouvi e mesmo dos que não ouvi, este LP foi sem dúvida o mais poderoso, o que despertou mais sentimentos em mim. Sem dúvida que o Mark Kozelec (nome verdadeiro, o nome artístico é Sun Kil Moon) é um grande compositor e as letras das suas músicas são muito profundas bem como atuais, basta ouvirem a "Pray for Newton", uma música bastante forte, sobre a tragédia de Newtown. Outra música que me chamou à atenção foi "I Love My Dad", adoro a letra, simples mas sentida, porém penso que o facto de adorar esta música tem muito a ver com a relação muito forte que tenho com o meu pai. Por fim, gostaria de deixar mais duas lindas composições, "Clarissa" e "I Watched The Film The Song Remains The Same".

Por fim, chegamos à literatura e o que posso dizer sobre livros de 2014 é... zero. Sim, sinceramente não acompanho muito a literatura atual já que ainda tenho muito para ler de grandes autores de séculos passados. Mas posso indicar quais os meus favoritos do ano com todo o gosto.

 

Para começar, estou a desenvolver uma grande paixão pela escrita de Murakami e neste momento estou a ler "A rapariga que inventou um sonho", este livro é um conjunto de pequenas histórias de Murakami, escritas antes de 2002. se não estou em erro, e é o livro ideal para as histórias fantásticas, absurdas e românticas de Murakami nos entrarem pela a cabeça para nunca mais saírem, sempre com o desejo de mais e mais. Recomendarei sempre qualquer livro de Murakami, mas para os apreciadores deste tipo de conteúdo e de leitura rápida, recomendo vivamente. Outra obra, conhecida mundialmente, que estou a ler é "D. Quixote de la Mancha" de Miguel de Cervantes. Para ser sincero não esperava nada do que li até ao momento, não fazia ideia que aquele livro seria engraçado de maneira tão peculiar e pateta. D. Quixote é um sonhador sem cura e Sancho, atraído pelos devaneios de um cavaleiro maluco, torna-se o seu fiel companheiro. Recomendo muito, embora devo deixar o aviso de que não se trata de uma leitura fácil. Por fim, o livro que mais me impressionou foi "O Povo do Abismo". Para quem conhece Jack London, sabe que existiram poucos escritores capazes de contar histórias da forma que London o fez. Neste livro, London viaja até Londres para investigar as condições de trabalho, de habitação e de higiene do proletariado numa era de prosperidade económica em Londres. Verdade seja dita que London não foi o primeiro escritor a usar esta técnica, mas de todos os que o fizeram só ele foi capaz de realmente descrever o mundo sórdido e melancólico que todos aqueles homens, mulheres e crianças viviam, um verdadeiro abismo.

 

 Assim acabo a minha revisão do ano de 2014 e depois de todos os desabafos e recomendações, espero sinceramente que o vosso Natal tenha sido bom e desejo boas entradas e um grande ano de 2015!

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