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Respeito!

por PlumeInAbyss, em 17.02.15

 

 Existem 805 milhões de nomes há espera de reconhecimento, de serem salvos da maior catástrofe dos nossos dias, que assola vidas em todo o mundo. Por favor, ajudem: http://WFP.org/805millionnames

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O melhor álbum que vocês nunca ouviram!

por PlumeInAbyss, em 25.01.15

Já ouviram falar nos Beatles, Smiths, Oasis ou Stone Roses? Tenho a certeza que sim. Agora, indago se vocês, caros leitores, já ouviram Shack? Tenho quase a certeza que não. Mas não é culpa vossa, já que esta banda foi esquecida no tempo, em parte pelo azar que enfrentaram e pelo vício da heroína do seu vocalista.

 

 Os Shack são uma banda Inglesa formada em Liverpool em 1987. Originalmente, a banda era formada por Mick Head (vocalista/ guitarrista), o seu irmão John Head (guitarra), Justin Smith (baixista) e Mick Hurst (bateria). Os dois irmãos já vinham de um projeto em conjunto, os The Pale Fountains, que apesar das críticas muito positivas aos seus dois álbuns não conseguiram muito sucesso. A banda acabou em 1986.

 

 

 Os Shack lançaram o seu primeiro álbum, Zilch em 1988, mas não obteve muita atenção, nem dos críticos nem a nível comercial. Passados 3 anos, a banda Inglesa volta com um novo trabalho, o álbum que apresento hoje, Waterpistol. Na minha humilde opinião este álbum é um clássico desconhecido, uma obra-prima perdida no tempo. Infelizmente, depois de completa a gravação do álbum, o estúdio Star Street ardeu por completo e a maior parte das gravações foram destruídas. O único detentor de uma gravação de áudio era o produtor Chris Allison, mas deixou a sua cópia num carro alugado. O disco só foi encontrado semanas depois, por esta altura já o álbum estava sem uma distribuidora e a banda acabou por se separar, com Mick Head a enfrentar uma grande depressão e abuso de drogas. Só em 1995 é que o álbum foi lançado pela produtora independente Alemã, Marina. O álbum foi alvo de mais um novo lançamento em 2007. Depois, os dois irmãos seguiram em frente com um novo projeto Michael Head and The Strands e com um novo álbum, The Magical World of The Strands em 1996.

 

Depois de todos os altos e baixos, os Shack voltaram a reunir-se para mais dois álbuns e uma compilação dos maiores exitos. Um desses álbuns é outro clássico, H.M.S. Fable, lançado em 1999. Mais uma pérola para analisar num futuro não muito distante.

 

Waterpistol: A obra de arte dos Shack

Todas as 12 músicas que compõem este álbum foram escritas pelo vocalista Michael Head. Não admira que lhe chamem um "génio perdido, um dos mais talentosos da sua geração.". O álbum é composto por músicas cheias de sentimentos depressivos (Michael Head), com a energia e musicalidade pop que fazem lembrar uma versão mais light e fresca dos Beatles. Esta pérola foi feita para os amantes do pop rock e mesmo aqueles que não são adeptos do estilo vão ficar encantados e maravilhados.

 

 

 Músicas como "Undecided" e "London Town" são um perfeito exemplo das baladas melancólicas que refletem os sentimentos dolorosos de Michael Head. A forma melodiosa de cantar, sem esquecer todos os "la la la la" e "na na na na" sempre acompanhados pelas guitarras, por vezes discretas mas sempre em harmonia com a balada. "Mood of the Morning" e "Hey Mama" também se destacam pelo registo mais alegre e rítmico. Dignas também de atenção são músicas como "Dragonfly" e "Stranger" que transmitem um ambiente escuro e depr

 

essivo mas ao mesmo tempo de uma certa nostalgia, um sentimento leve de alegria antes de ser engolido outra vez pela escuridão. Por fim, "Sgt Major" é um clássico muito mais animado, mas nunca perdendo o toque melódico da voz de Michael. Foi a primeira vez que ouvi Shack, foi amor à primeira vista com este álbum e com esta magnifica banda perdida na sorte de um destino sombrio.

 

 Recomendo muito que ouçam Shack e o seu álbum "perdido", Waterpistol. Aqui ficam "Sgt Major" e "Stranger":

 

 

 

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"Je suis Charlie!"

por PlumeInAbyss, em 11.01.15

 "Je suis Charlie.", provavelmente a frase mais usada na última semana em todo o mundo. O que representa? Representa o respeito, admiração por uma redação de cartoonistas que faziam bom ou mau uso (fica ao critério de cada um) de um valor que conquistamos ao longo dos anos, anos preenchidos por batalhas sangrentas, revoltas, avanços e recuos no poder para que no fim seja simplesmente manchada e desvalorizada por um grupo de extremistas que acham que a execução fria e sem escrúpulos de mais de uma dezena de civis e polícias é a única forma de vingar o seu profeta, mas para ser sincero, duvido que esta palavra esteja no vocabulário de um profeta ou de uma divindade. Minto, vingança é bastante usada para definir quais são os pecados a evitar neste mundo, mas cada um interpreta as escrituras sagradas como quiser ou então deixa que alguém incute na sua cabeça, já mais que lavada, com ideias completamente opostas ao que o profeta pretende transmitir. Se não for este o caso, por porque é que há tantos e tantos muçulmanos, espalhados pelo mundo, e apenas uma porção acha que a sua religião deve ser defendida a matar e a defender sabe-se lá o quê.

 

 Bem, mas não me quero alongar, pois nunca na minha vida li tantos jornais (até as letras pequenas foram completamente esmiuçadas) sobre o ato terrorista. A Europa está a atravessar uma crise económica, mas com esta vingança finalmente vai focar-se a sua atenção na área política e promete haver grandes mudanças! Penso que o mais curioso e emocionante é ver como reage a Europa, especialmente quando partidos de extrema direita ganham força, momento mais pertinente era impossível para levarem as suas ideias para todo o país e mundo com a máxima influência. Na minha opinião, não gosto da ideia destes partidos pois não vai ser a expulsar pessoas de religiões diferentes, apontadas como possíveis ameaças à segurança, que os ataques cessarão, que o ódio e a vingança se extinguirão ... não, depois de tantos anos de evolução só vejo o mundo moderno retroceder.

 

 Em resumo, arrepiou-me ver tanta gente a homenagear as vítimas mas, acima de tudo, a defender o direito à livre expressão. Neste espaço que o sapo dispõem para todos criarmos um mundo alicerçado pelas nossas palavras e imagens, independentemente do que escrevemos e que opiniões defendemos, sabemos que este direito é muito importante e em alturas como estas não devemos esconder os nossos sentimentos e a nossa coragem, a união faz a força. Este ato de violência é prova que palavras não matam mas causam medo e danos duradouros. Palavras e imagens são à prova de bala, infelizmente não posso dizer o mesmo dos seus autores, mas nas suas obras permanecerá o seu testamento para o mundo, as suas memórias e as suas ideias. Este direito nunca será apagado, podem abalar a sua existência mas tenho a certeza que a liberdade não se perderá, aliás tenho esperanças que chegue aos pontos mais "inacessíveis" do planeta nos próximas décadas.

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Ano em revisão II

por PlumeInAbyss, em 31.12.14

No que toca à arte, começarei pela sétima arte. Bem, não me vou alongar muito, não por estar a perder a vontade de escrever mas porque foi um ano muito pobre no que toca ao cinema. Deste ano, só me recordo de ver três filmes e um deles permaneceu na minha memória, portanto é natural que o indique como a minha recomendação de 2014: "The Grand Budapest Hotel" (O Grande Hotel Budapeste). Um filme original, cómico e refrescante, com um elenco de luxo. Um filme a não perder! Este final de 2014 e início de 2015 promete grandes filmes, como o capítulo final do "The Hobbit" (finalmente vai acabar, quando poderiam fazer a adaptação do livro de Tolkien em um ou dois filmes, no fim, o dinheiro fala mais alto) e "Birdman", um filme do qual espero muito.

 

O mesmo não posso dizer da música, foi um ano bastante recheado musicalmente para mim, descobri muitos grupos e artistas desconhecidos e devo dizer que o meu gosto musical mudou radicalmente. Mas como estamos a falar de 2014 vou deixar-vos com o que de melhor se fez em 2014:

  • The War on Drugs - Lost in the Dream - Uma das minhas recomendações de 2014, um álbum a demonstrar as qualidades desta banda americana, que foi alvo de críticas muito positivas com este seu terceiro álbum. Para os amantes de indie rock, ou uma espécie de rock ambiente, se algo semelhante existe, não ficaram desapontados. Aqui fica o single "Red Eyes".
  • Swans - To Be Kind - Mais um grande trabalho por parte da banda de noise rock/ rock progressivo/ post punk norte americana, que desde o lançamento do seu primeiro EP, há qualquer coisa como 30 anos atrás, e após várias mudanças de membros e vários álbuns, volta em 2014 com um trabalho bastante elaborado e refrescante, o som progressivo dos intrumentos adicionado a músicas com duração de 25 minutos deixam-nos obcecados e em transe. Deixo-vos com "Oxygen".
  • Sun Kil Moon - Benji - Na minha opinião, o melhor álbum do ano, embora não tenha ouvido grande parte de todos os álbuns produzidos em 2014, posso afirmar que, de todos os que ouvi e mesmo dos que não ouvi, este LP foi sem dúvida o mais poderoso, o que despertou mais sentimentos em mim. Sem dúvida que o Mark Kozelec (nome verdadeiro, o nome artístico é Sun Kil Moon) é um grande compositor e as letras das suas músicas são muito profundas bem como atuais, basta ouvirem a "Pray for Newton", uma música bastante forte, sobre a tragédia de Newtown. Outra música que me chamou à atenção foi "I Love My Dad", adoro a letra, simples mas sentida, porém penso que o facto de adorar esta música tem muito a ver com a relação muito forte que tenho com o meu pai. Por fim, gostaria de deixar mais duas lindas composições, "Clarissa" e "I Watched The Film The Song Remains The Same".

Por fim, chegamos à literatura e o que posso dizer sobre livros de 2014 é... zero. Sim, sinceramente não acompanho muito a literatura atual já que ainda tenho muito para ler de grandes autores de séculos passados. Mas posso indicar quais os meus favoritos do ano com todo o gosto.

 

Para começar, estou a desenvolver uma grande paixão pela escrita de Murakami e neste momento estou a ler "A rapariga que inventou um sonho", este livro é um conjunto de pequenas histórias de Murakami, escritas antes de 2002. se não estou em erro, e é o livro ideal para as histórias fantásticas, absurdas e românticas de Murakami nos entrarem pela a cabeça para nunca mais saírem, sempre com o desejo de mais e mais. Recomendarei sempre qualquer livro de Murakami, mas para os apreciadores deste tipo de conteúdo e de leitura rápida, recomendo vivamente. Outra obra, conhecida mundialmente, que estou a ler é "D. Quixote de la Mancha" de Miguel de Cervantes. Para ser sincero não esperava nada do que li até ao momento, não fazia ideia que aquele livro seria engraçado de maneira tão peculiar e pateta. D. Quixote é um sonhador sem cura e Sancho, atraído pelos devaneios de um cavaleiro maluco, torna-se o seu fiel companheiro. Recomendo muito, embora devo deixar o aviso de que não se trata de uma leitura fácil. Por fim, o livro que mais me impressionou foi "O Povo do Abismo". Para quem conhece Jack London, sabe que existiram poucos escritores capazes de contar histórias da forma que London o fez. Neste livro, London viaja até Londres para investigar as condições de trabalho, de habitação e de higiene do proletariado numa era de prosperidade económica em Londres. Verdade seja dita que London não foi o primeiro escritor a usar esta técnica, mas de todos os que o fizeram só ele foi capaz de realmente descrever o mundo sórdido e melancólico que todos aqueles homens, mulheres e crianças viviam, um verdadeiro abismo.

 

 Assim acabo a minha revisão do ano de 2014 e depois de todos os desabafos e recomendações, espero sinceramente que o vosso Natal tenha sido bom e desejo boas entradas e um grande ano de 2015!

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Ano em revisão I

por PlumeInAbyss, em 30.12.14

 Já não escrevia no blog, aproximadamente, à um mês. Para ser sincero não foi por falta de tempo ou assuntos, apenas não tive o apetite para escrever. Foi uma das coisas positivas deste ano, já estava com grande vontade de criar um blog e expressar as minhas opiniões e partilhar paixões, mesmo que os leitores sejam poucos ou inexistentes. Bem, quem é que eu quero enganar, é óbvio que quando criamos um blog desejamos ter um grupo ávido de leitores. Aqui chegamos aos pontos negativos deste blog. Em primeiro, o pouco tráfego de visitantes. É verdade que para mim não me afeta ter muitos ou poucos leitores, mas não posso negar que, ter alguém que aprecie o que escrevo é uma sensação fantástica e impulsiona a dedicação de qualquer escritor. O segundo ponto, na minha opinião será a minha escrita. Estive a rever as minhas publicações neste blog e são bastante longas e entediantes, mas esses também foi uma das razões que me incentivou à criação deste blog, melhorar a minha escrita, escrever textos originais, divertidos e sempre cheios de conteúdo importante ao leitor sem saturar o mesmo. Por fim, este blog merece mais atenção da minha parte, parece-me muito "oco", falta mais conteúdo, a sua aparência é muito vulgar. Vou fazer algumas experiências ao longo desta semana para tentar alterar a sua aparência e vou trabalhar mais no conteúdo a publicar.

 

 Depois de rever as falhas deste blog já tenho alguns planos para o ano de 2015. Em primeiro, vou esforçar-me por conseguir leitores regulares, poucos mas regulares. Receber críticas, opiniões, elogios, tudo me incentivará a atualizar e publicar assiduamente. Quanto á minha escrita, ainda está muito verde mas com muita prática tenho a certeza de ver grandes melhorias ao longo do próximo ano. No que toca à atenção ao meu blog, pretendo acrescentar mais conteúdos, desde notícias polémicas a discussões sobre a natureza e saúde. Além disso, adorava começar a escrever pequenas histórias (short stories) e publicar aqui. Dessa forma, incentivo à minha criatividade e também o blog ganha mais conteúdo original. Pretendo publicar um a dois posts por semana e uma short storie a cada dois meses (isto é só uma previsão).

 

 Para finalizar, gostava de falar um pouco do ano de 2014 em geral. A começar pelo fim de 2013 e início de 2014, que foi um péssimo arranque de ano. Perdi um dos meus melhores amigos, em Novembro, e entrei num estado de depressão agravado pelo meu estado de saúde, estava com as tensões bastante altas, tinha palpitações, algo muito difícil de explicar e depois de algumas consultas, ao que parece também sofria de esquizofrenia, embora em fase inicial. Tinha ataques de ansiedade preocupantes, dava a entender que o coração poderia explodir a qualquer momento. Receitaram-me uns comprimidos como sempre fazem, mandaram-me cortar drasticamente no sal e medir as tensões regularmente. Por vezes há males que vêem por bem, não é? Correto. Depois de um mês assustador a todos os níveis, comecei a mudar o meu estilo de vida a começar pela alimentação, cortei bastante no sal e em carnes más para a minha saúde, comi muito mais peixe, legumes e fruta. Comecei a praticar artes marciais e sinto a obrigação de admitir que, apesar da minha alimentação mais saudável, o Choy Lay Fut salvou-me da minha depressão. Nem posso descrever a melhoria na minha vida em apenas dois meses de prática desta arte marcial. Acrescentei ainda meditação à minha rotina matinal, de forma a eliminar o stress e a irritação, ao que parece a nossa família tem uma tendência para desenvolver problemas semelhantes. A cereja no topo do bolo foram as minhas corridas matinais, apesar de só correr uma vez por semana, algo que tenciono mudar em 2015. Pretendo correr pelo menos 3 vezes por semana e meditar 2 vezes por dia. Também quero aprender a cozinhar ementas mais saudáveis. Este objetivo deixa claro o meu desejo em continuar a minha alimentação saudável. Pretendo adicionar ainda um pouco de boxe chinês, apesar do pouco tempo que pratiquei, gostei bastante da experiência.

 

 Sem desejo de me alongar mais neste post, só tenho que dizer, de forma resumida, o ano de 2014 foi um ano de grandes mudanças, especialmente no que toca à saúde. Acabo o ano bem mais aliviado, depois de vários exames, já está tudo na normalidade, e espero entrar em 2015 da melhor forma possível. A conclusão que posso extrair deste ano é que apesar de todos os contratempos que somos obrigados a enfrentar, podemos sempre ver o presente e o futuro de forma diferente. Ainda hoje tenciono postar a segunda parte. Vou falar sobre as minhas escolhas do ano de 2014 sobre filmes, música e literatura.

 

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Nanowrimo! Já ouviram falar?

por PlumeInAbyss, em 16.11.14

Hoje venho com uma sugestão para todos os amantes da escrita. O site chama-se Nanowrimo (National Novel Writing Month) e tem como fim, reunir o máximo número de pessoas de todos os cantos do mundo para escreverem um pequeno romance ou ficção científica, fantasia, fanfiction, o que quiserem. Podem escolher entre muitos estilos e criarem algo maravilhoso.

 

O concurso tem a duração de um mês, começa dia 1 de Novembro e acaba no último dia do mês. O objectivo é escrever 50.000 palavras dentro do tempo estipulado, se cumprirmos esta data ficamos habilitados para um dos muitos prémios que o site tem para oferecer. Para além desta motivação extra, existe uma área de inspiração com algumas dicas sobre com criar universos originais, personagens cativantes, etc.. Também temos uma comunidade bastante activa nos fóruns e até um cantinho para portugueses. Todos os países podem criar vários pontos de encontro entre participantes do Nanowrimo e Portugal não é excepção com um ponto de encontro em Lisboa e outro no Porto. Infelizmente quando descobri este site através de uma amiga minha norte-americana já não fui a tempo desse encontro e era precisamente a este ponto que eu queria chegar.

 

Inscrevi-me no site dia 16 de Novembro e o meu objectivo era claramente alcançar as 50.000 palavras em 14 dias. Como eu estava enganado, já acho bastante desafiante umas 25.000, portanto este vai ser o meu objectivo daqui em diante. De início estava bastante indeciso qual o estilo a escolher mas decidi ser fiel às minhas últimas leituras e avancei com um romance. Para já está a correr bem, embora a minha lentidão seja o maior obstáculo, sempre fui lento a escrever e não vejo isso a mudar tão cedo. Gostaria também de pedir desculpa a quem ler este post, muito provavelmente se estiver interessado não conseguirá cumprir a meta estipulada. Mesmo assim fica a informação e para o próximo ano (se este blog ainda estiver no activo) prometo um post detalhado e com um mês de antecedência, para que todos possamos participar e quem sabe alguém pode ver um sonho realizado. Fiquem com o link: http://nanowrimo.org/

 

P.S.: Os Pink Floyd lançaram o seu último álbum e assinalaram o fim de uma das maiores bandas de todos os tempos que marcou uma geração e continua a inspirar milhares ainda hoje. Espero que se juntem a mim quando publicar a minha próxima review dos Pink Floyd (álbum ainda por decidir). Aceito sugestões. Obrigado!

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A recruta dos necessitados!

por PlumeInAbyss, em 13.11.14

 

Como já disse previamente no meu primeiro post, sou um estudante inactivo de momento e como preciso de estar a ser produtivo durante este período alargado de tempo decidi aventurar-me no mundo do emprego, ou melhor, do primeiro emprego. Sim, ser assim tão específico interessa já que se não tiver uma licenciatura ou mestrado, a nossa melhor hipótese é através da nossa experiência profissional. Bem não admira a taxa de desemprego entre os jovens (qualificados ou não) e é neste momento que o meu pai conta uma das suas histórias, no qual antigamente ele e os seus amigos arranjavam trabalho a fazer de tudo e mais alguma coisa, com ou sem qualificações mas estou a divagar aqui e não é isto que pretendo discutir.

 

Ontem, fui convocado pelo IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) para me apresentarem uma oferta de emprego, embora que quando me deparei com a carta pensei que iria ser uma convocatória para uma palestra ou algo do género à qual somos obrigados a comparecer se não queremos ver a nossa inscrição anulada. Depois de abrir a carta, estava escrito especificamente oferta de emprego e como ainda sou novato nestas paragens esqueci a ideia da palestra ou algo do género. Com alguma ansiedade e motivação compareci no local e hora indicada, e qual não foi o meu espanto ao ver uma multidão, cada um à espera da sua vez, e aqui me apercebi que claramente estava enganado, depois de ver alguns profissionais da área militar percebi o "esquema todo".

 

Quando eu falo de "esquema" quero dizer, e esta é uma opinião muito pessoal, usar a desgraça, o sofrimento alheio ou como o queiram chamar para recrutar novos homens ou mulheres dispostos a trabalhar arduamente, em regime bastante estrito e serem chamados a intervir em algum conflito internacional em troca de um salário para poderem sobreviver nos dias que correm, e devo dizer que está bem acima do salário mínimo. Bem, fiquei bastante intrigado porque apesar de me considerar um pacifista e de certa forma, um não adepto do regime militar, senti inseguranças e dúvidas, ainda neste momento penso no mesmo assunto. Como adoro aventuras e novas experiências (explico isto da seguinte maneira, mais experiências e aventuras mais ideias para livros), o dinheiro faz sempre falta e não fica muito longe da minha área universitária, tudo isto permaneceu definitivamente na minha cabeça. Agora penso em outros que não têm muito por onde escolher, têm contas a pagar, possivelmente alguém para sustentar e, provavelmente, vão acabar nesse caminho militar. Bem, é provável que esteja a exagerar, sempre oferecem um salário atractivo, onde dormir, comer, mas no centro de desemprego não acho que a escolha seja feita de livre vontade mas mais por um "jogo psicológico" verdadeiramente persuasivo. Este factor, aliado ao ultimato que diz que temos obrigatoriamente de comparecer ou então a nossa inscrição ficará anulada são armas persuasivas bastante poderosas. Mas pelo que já ouvi de amigos em outros pontos do mundo e li em fóruns, este recrutamento é um fenómeno mundial. Bem, ou cada vez existem menos pessoas dispostas a enfrentar uma vida militar ou prepara-se uma tempestade nos próximos tempos. Acredito que seja um pouco de ambos. Será que faz sentido o que escrevo?

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The Clash Calling

por PlumeInAbyss, em 23.10.14

Saudações leitores, hoje escrevo a minha primeira "review" de um álbum, um dos meus favoritos de todos os tempos produzido por uma das minha bandas de eleição, The Clash.

 

Para começar, gostava de orientar todos aqueles que não conhecem esta banda (deveriam ter vergonha). Os Clash são uma banda punk rock Inglesa, embora o seu estilo tenha evoluído ao longo dos anos e os seus dois primeiros álbuns de estreia sejam os mais punk do seu reportório. Ao longo dos tempos foram acrescentando à sua música estilos como dub, reggae, funk, rockabilly e também podemos encontrar um pouco de country e blues, tornando a sua música mais versátil e inovadora comparativamente a outras bandas punk do momento, como é o caso do álbum "London Calling". Foram formados em 1976 e durante a maior parte da sua carreira, a banda consistiu dos seguintes membros: Joe Strummer como vocalista principal e guitarra rítmica, Mick Jones na guitarra e vocalista , Paul Simonon como baixista e vocalista e Nicky "Topper" Headon como baterista. Durante o seu percurso obtiveram grande sucesso, primeiro no Reino Unido com o seu álbum de estreia "The Clash" em 1977 e, mais tarde, Dezembro de 1979, com o seu terceiro álbum e o que me vou focar hoje, "London Calling" que levou o seu sucesso além fronteiras, chegando aos EUA dois meses mais tarde. Foi escolhido como o melhor álbum dos anos 80 pela revista Rolling Stone, a mesma revista que os escolheu como o(s) 28º melhor(es) artista(s) de sempre (vale o que vale como é óbvio). Em Janeiro de 2003, a banda foi introduzida no Rock and Roll Hall of Fame.

 

London Calling

TheClashLondonCallingalbumcover

 

O álbum “London Calling” é definitivamente o expoente da criatividade da banda inglesa, sem nunca deixar de lado os habituais tópicos controversos que envolvem guerras, injustiças sociais e, neste álbum, visões apocalípticas do mundo. A mistura de estilos é de loucos mas não é escolhida ao acaso, é trabalhada inteligentemente sem nunca esquecer as suas origens (punk) e os seus motivos. É importante saber o quão longe pode ir o punk com este álbum. E para todos aqueles que têm estereótipos sobre este estilo musical e até mesmo sobre o mundo punk, estão bem enganados e nada melhor do que editar essas ideias com este fantástico e revolucionário álbum.

 

Este LP começa com o tema do mesmo nome “London Calling”, com Mick Jones a trabalhar a guitarra de forma a entrar na nossa cabeça para nunca mais sair e a dar continuidade às visões apocalípticas de Strummer, desde eras nucleares à idade do gelo, e gritos que mais se parecem com uivos. Além disso, tópicos como o alto desemprego, conflitos raciais e uso de drogas são abordados. Todos estes factores espalham um ambiente obscuro, surreal e depressivo no tema. E se acham que os temas icónicos se ficam por aqui, enganam-se totalmente. Com pouco mais de uma hora de duração e 19 títulos, a intensidade e diversidade são garantidas neste duplo LP.

 

Seguem-se músicas como “Jimmy Jazz”, que conta a história de um criminoso, uma personagem fictícia, “Rudie Can't Fail”, o quinto tema do álbum, uma música bastante rica em géneros musicais, conta a história de um jovem que é criticado pela sua incapacidade de agir como um adulto. Também passamos por um lado mais revolucionário onde entram temas como “Spanish Bombs”, invocando a guerra civil Espanhola e todos os seus efeitos, ataque ao mercado de consumos com “Lost in the Supermarket”, Strummer conta-nos sobre os falhanços da sociedade capitalista em “Clampdown” e “Guns of Brixton”, tema do baixista Paul Simonon, único tema que canta sozinho e aborda o descontentamento com a polícia, recessão, entre outros problemas e que levou às revoltas de Brixton. Para além disso, temos o tema “Death or Glory”, uma das minha favoritas, que me parece ser a música mais rock/ punk deste álbum. Começa com o som progressivo das guitarras, acompanhando a voz de Strummer que conta falhanços passados, que se tornam "apenas mais uma história”. A meio da canção tudo altera, com o frenesim inicial das guitarras a dissipar e Strummer quase que a sussurrar para si próprio, ganhando força e ritmo gradualmente com a bateria a progredir e as guitarras revoltam-se outra vez para no fim se entoar “Death or Glory/ become just another story”. Neste tema, as atenções estão voltadas para as gerações de estrelas de rock anteriores que juraram morrer antes se tornarem velhos.

Apesar de serem bastantes os títulos dignos de menção, estes foram os que mais despertaram a minha atenção e critica musical. Mas é sempre bom relembrar a consistência apresentada durante o álbum todo. Todos os temas são especiais à sua própria maneira, com estilos enriquecedores, novos géneros explorados, letras controversas e desafiantes. Resumindo, esta é a receita para um álbum intemporal, listado sempre nos lugares cimeiros de qualquer lista dos melhores álbuns de sempre, mostrando a todo o mundo que os Clash faziam muito mais (e bem) do que apenas punk.

 

Podem observar que deixei as músicas como ligações para ser mais prático. Se quiserem ouvir o álbum na íntegra basta pesquisarem no youtube o nome da banda e álbum + "full album". Se apreciarem, suportem os artistas comprando o álbum.

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